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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Abscesso perianal: formação, Diagnostico e tratamento.


Tratamento do abscesso perianal descrito no livro do colégio americano de cirurgiões  irá comentar o artigo sobre os abscessos  perianais escrito pelo Colégio Americano de cirurgiões, com ilustrações e caso clinico.




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Esporte na areia, pratique é bom demais.







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A. Introdução:
- Os abscessos anorretais e as fístulas anais representam diferentes fases de um espectro patogênico comum. O abscesso representa o evento inflamatório agudo, enquanto a fístula representa o processo inflamatório crônico.






B. Abscesso perianal:

Anatomia:
- O sucesso na erradicação da supuração e da fístula anorretal requer um conhecimento profundo da anatomia anorretal. É essencial a compreensão da existência de eventuais espaços anorretais.
- O espaço perianal está localizado na área da margem anal. Continua-se lateralmente com a gordura isquioanal ( gordura que ocupa o espaço lateral do canal anal e reto) e medialmente com a parte inferior do canal anal. É contínuo com o espaço entre os músculos formadores dos esfíncteres anais.






Causas:
- Noventa por cento de todos os abscessos anorretais resultam de infecções das glândulas anais, enquanto o restante resulta de outras causas.


Glândulas inflamadas:


- A obstrução do ducto da glândula anal, resultará em estase da secreção, infecção e formação do abscesso perianal que drenará e formará a fístula perianal.
- Os fatores predisponentes para a formação da fístula anal, incluem diarreia e traumatismo sob a forma de fezes endurecidas.
- Os fatores associados podem ser as fissuras anais, infecção de um hematoma, ou doença de Crohn.


Fissura anal:
Hematoma:






Causas do abscesso perianal:
Inespecífica, criptoglandular, doença de Crohn, colite ulcerativa, infecção, tuberculose, traumatismos, corpo estranho, cirurgia, episiotomia, cirurgia de hemorroida, cirurgia da próstata, leucemia, linfoma radioterapia.

Inflamação Intestinal:


Classificação:
- De acordo com a sua localização nos espaços anorretais potenciais, podem ser classificados, em:
Ver a figura:






Avaliação e tratamento:

Sintomas:
- Dor, tumefação e febre são as principais características associadas ao abscesso.


Abscesso: seta.

Foto acima, Condução do caso pelo Dr Paulo Branco:
Observar que nesta paciente tem uma cicatriz de um trajeto de uma fístula perianal, tratada por uma fistulotomia e a mesma retornou, primeiro como um grande abscesso perianal com expansão para o glúteo, Esse abscesso teve a sua origem no orifício interno da fistula, deixado pela fistulotomia acima citada.   

Conduta: Dr Paulo Branco
Drenei o abscesso e daqui a 30 dias, solicito uma Ressonância Magnética, para mapear o trajeto fistuloso e indicar o tratamento cirúrgico, a Fistulectomia completa, que contará na retirada dos dois orifícios e do trajeto fistuloso.



Informação Importante para médicos e pacientes:
A principal causa do insucesso na cirurgia da fistula, foi a sua retirada parcial, isto é o pacientes já sai da sala de cirurgia com a fístula, por isso será de grande importancia usar de um instrumental ou guia, como o da foto que irá retirar toda a fístula. 


- Dor retal grave acompanhada de sintomas urinários como ardência, retenção ou incapacidade de urinar pode ser sugestiva de abscesso entre os músculos formadores dos esfíncteres anais superficiais e profundos.



Abscesso drenando:




Exame clinico ou físico:
 - Inspeção: Evidenciará uma área avermelhada, tumefeita com flutuação.
- Nos abscessos profundos o exame retal e vaginal poderão ser extremamente doloridos.
- Exames endoscópicos são inadequados pela dor e desconforto que poderão causar.




Abscesso profundo: Pus.


Abscesso: Superficial.



Tratamento:
- Basicamente, o tratamento de um abscesso anorretal consiste em incisão, drenagem e antibióticos adequados.
- Raramente, o atraso no diagnostico e tratamento dos abscessos anorretais poderá resultar em infecção necrotizante e óbito.


Antibióticos:




Cirurgia: Abscesso
- A drenagem deverá ser feita através de uma incisão cruciforme ou elíptica, retirando-se os bordos para evitar um fechamento precoce da pele. A drenagem dos abscessos perianais poderá ser realizada sob anestesia local.
Os abscessos superficiais poderão ser drenados sem a utilização de drenos e os abcessos profundos, poderão ser drenados com drenos laminares ou mesmo com o auxilio de cateteres de borracha maleável com extremidade em forma de cogumelo de 10-16 French, inserido através de uma cânula na cavidade do abscesso.  
- Entre os pacientes com abscessos perianal drenados, 11% podem desenvolver fístula perianal, enquanto 37% podem desenvolver recidiva do abscesso perianal. Isso ocorre com maior frequência nos abscessos profundos.




Volumoso abscesso perianal:



- A falha em identificar uma abertura interna poderá ocorrer em 66% dos pacientes.    
- 50% dos pacientes após o  primeiro episodio da formação de um abscesso, não formaram fístula.



Incisão: Drenagem
Dreno na cavidade do abscesso:



Cuidado: A insistência na busca de uma fístula poderá levar à formação de um falso trajeto e secção desnecessária do músculo esfíncter anal com risco de incontinência anal.

Abscessos anais  x HIV:
- Os pacientes que são soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana ( HIV) e apresentam abscessos necessitam de drenagem, quer por incisão e drenagem ou por cateter.
- Como estes pacientes são imunodeprimidos, devem ser usados antibióticos.
- Os esforços devem ser dirigidos para manter pequenas feridas, pois esses pacientes correm o risco de má cicatrização. Um aumento da incidência de sepse ou infecção perineal grave pode ser observada em pacientes HIV- positivos.




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