Sexologia: Impotência
Medico: Dr. Paulo Branco
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Nos homens, um dos
problemas sexuais mais importantes é a impotência, também conhecida como
disfunção erétil. Desejo diminuído também pode ser um problema para alguns
homens.
Impotência:
Três etapas
importantes são necessárias para produzir e sustentar uma ereção.
1- A primeira é a
excitação sexual, que vem dos sentidos e dos pensamentos.
2- A segunda é a
resposta do sistema nervoso, na qual o cérebro comunica a excitação sexual aos
nervos do corpo, incluindo os nervos no pênis.
3- A terceira é
uma ação relaxante dos vasos sanguíneos que suprem o pênis, permitindo que mais
sangue flua para dentro dos corpos cavernosos que produzem a ereção.
Se alguma coisa
afeta qualquer um desses fatores ou o delicado equilíbrio entre eles, a
impotência pode resultar.
Atenção: Informações
elementares
A impotência é uma
incapacidade persistente de obter uma ereção ou de mantê-la por tempo
suficiente para as relações sexuais. O desejo sexual diminuído ou até a perda
do desejo sexual não é o mesmo que impotência. A impotência refere-se à
incapacidade de usar o pênis para a atividade sexual mesmo na presença de
desejo e oportunidade. Va preocupar Um episódio ocasional de impotência
acontece com a maioria dos homens e é perfeitamente normal. Na maioria dos
casos, não é nada com que se deva preocupar. À proporção que os homens
envelhecem, também é normal que eles vivenciem mudanças na função erétil. As
ereções podem levar mais tempo para desenvolver-se, podem não ser tão rígidas
ou podem exigir mais estimulação direta para serem atingidas. Os homens também
podem observar que os orgasmos são menos intensos, o volume ejaculado é
reduzido e o tempo de recuperação
aumenta entre as ereções. Todavia, quando a impotência se torna um problema
persistente, ela pode danificar a autoimagem de um homem, bem como a sua vida
sexual. Ela também pode ser um sinal de um problema pessoal ou embaraçoso, mas é
importante procurar tratamento, sobretudo se uma causa física pode ser culpada.
Em muitos casos, a disfunção erétil pode ser tratada com êxito.
Fatores de risco:
Uma ampla variedade de fatores de risco físicos e emocionais pode
contribuir para a impotência. Eles incluem:
- Doenças e distúrbios
físicos:
Doenças crônicas dos pulmões, do fígado, dos rins, do coração, dos
nervos, das artérias ou das veias podem determinar á impotência. O mesmo se
pode dizer do sistema endócrino, particularmente o diabetes. O acúmulo de
depósitos ( placas) nas artérias ( aterosclerose ) também pode evitar que uma
quantidade adequada de sangue entre no
pênis. E em alguns homens a impotência pode ser causada por baixos níveis de
testosterona.
- Cirurgia ou trauma:
A cirurgia do câncer de próstata ou colorretal poderá resultar em
problemas de impotência. Lesão da artéria pélvica ou na medula espinhal também
pode causar problemas.
- Medicamentos:
Uma ampla variedade de fármacos, incluindo antidepressivos, os
anti-histamínicos, e os medicamentos para tratar hipertensão, a dor e o câncer
de próstata, pode causar impotência por interferir nos impulsos nervosos ou no fluxo de
sanguíneo para o pênis. Os tranquilizantes e os indutores do sono também podem
causar problemas.
- Abuso de substancias:
O uso crônico de álcool, maconha ou outras drogas com frequência causa
impotência e impulso sexual diminuído.
- Estresse, ansiedade ou
depressão:
O estresse libera substancias vasoconstrictoras, diminuindo o volume
adequado de sangue para que haja a ereção.
Tratamento:
O tratamento da impotência inclui tudo, desde medicamentos e
dispositivos mecânicos simples até cirurgia e aconselhamento psicológico. O
tratamento aconselhado pelo seu medico dependerá da causa e da gravidade de sua
condição:
- Aconselhamento psicológico:
Se o estresse, a ansiedade ou a depressão é a causa de sua impotência,
seu médico pode sugerir que você, ou você e o seu parceiro ou parceira,
consulte um psicólogo ou psiquiatra com experiência no tratamento de problemas
sexuais.
- Medicamentos
orais:
Os medicamentos orais ( Cialis, Levitra, Viagra)
aumentam os efeitos do óxido nítrico que é uma substancia chamada de
neurotransmissor ( mensageiro químico) que atua relaxando os músculos lisos do
pênis, aumentando o fluxo de sangue o que permite uma ereção mas fácil em
resposta ao estimulo sexual. Embora esses medicamentos possam ajudar muitas pessoas,
nem todos os homens podem ou devem toma-los para tratar a impotência.
-
Terapia de reposição hormonal:
Testosterona
baixa x Desejo diminuído: A
testosterona regula o impulso sexual. Embora os homens não sofram tanto quanto
as mulheres na andropausa, a testosterona diminui gradualmente com o tempo.
Essa diminuição provavelmente é a responsável por um pouco da perda do desejo
sexual com o avançar da idade.
Um exame que dê o perfil dos hormônios
e de outras substancias envolvidas deverá ser solicitado. Se você estiver entre
o pequeno grupo de homens cuja impotência está relacionada com deficiências
hormonais, as diferentes formas de reposição poderão ajuda-lo.
- Cirurgia:
As opções cirúrgicas podem ser
cogitadas se outros tratamentos
fracassarem.
Conclusão:
As medidas descritas a seguir podem ajuda
-lo a diminuir a probabilidade de ter uma
impotência:
- Restrinja
ou evite o uso de álcool e outras drogas semelhantes: O álclibera no
organismo o mais potente radical livre que se conhece, a hidroxila que tem uma ação
deletéria para todos os tecidos que atua.
- Pare de fumar: A nicotina determinará diminuição
do fluxo de sangue para e pênis pelo seu potente efeito vasoconstrictor, além de
favorecer a entrada de gordura na parede das artérias penianas e instalação da
aterosclerose com o passar do tempo.
- Exercite-se regularmente: Percebo no
consultório que pacientes que perderam peso e aprenderam a ter uma alimentação
fracionada e balanceada e a colocar a pratica do exercício físico como parte
obrigatória da sua agenda diária referiram melhora da sua vida sexual;
- Reduza o estresse: A participação do
estresse poderá representar 100% da disfunção. Esses pacientes referem melhora
mesmo quando ficam por um tempo curto longe do fator desencadeador do estresse
que vai de relacionamento até o seu trabalho. Tem importância nestes pacientes
a dosagem do cortisol e diminuição se estiver elevado.
- Durma bem: E no sono profundo que você
recupera e faz uma varredura em todas as células lesadas durante o dia, pela
produção de hormônios como o GH ( hormônio do crescimento ) e a testosterona
responsável direto pelo seu libido.
- Enfrente a depressão e a ansiedade: A
depressão determinará o desinteresse e
deixará você apático, sem pegada nenhuma e a ansiedade determinará que
você pule etapas importantes para uma relação sexual prazerosa.
- Comunição: Comunique-se franca e abertamente com o seu parceiro
ou parceira;
- Dialogo: Cogite a busca de aconselhamento como um casal.
Disfunção erétil e risco de
doenças:
Uma pesquisa realizada na universidade Nacional da Austrália publicada
no periódico PLoS Medicine avaliou no período de 2006 a 2009 cerca de 95.000
homens com mais de 45 anos que nunca apresentaram problemas cardíacos, mas com
disfunção erétil de moderada a grave, podem ser até oito vezes mais propensos a
ter insuficiência cardíaca em comparação com aqueles não apresentam a disfunção. Esses homens também tem um risco
de 92% maior de apresentar doença arterial periférica ( Estreitamento das
artérias nas extremidades inferiores ), 66% maior de sofrer um ataque cardíaco,
e 60% maior de desenvolver doença isquêmica do coração. Além disso, o risco de
morte por qualquer outra causa é quase duas vezes maior entre esses homens e o
de serem hospitalizados por problemas cardiovasculares, 505 mais elevado. Esses
riscos foram maiores em pacientes com disfunção erétil que já apresentavam
algum problema no coração.
Para Emily Banks, coordenador da pesquisa, não se sabe ao certo quais
as razões ou motivos que fazem com que a disfunção erétil eleve o risco de
doenças cardíacas. No entanto, ela acredita que, como as artérias do pênis são
menores do que as das outras partes do corpo, elas podem ser mais propensas a
manifestar problemas quando são deterioradas.